sábado, 22 de outubro de 2016

Pequenos detalhes...

Quem viu minhas postagens, seja neste blog ou em fóruns, sabe que tenho o hábito de traçar minhas figuras no Inkscape e exportá-las depois para o Photoshop, onde faço a finalização. Com esta aqui, no entanto, eu mudei um pouco a rotina:

Onde mudei? A princípio eu começei a traçar tudo no Photoshop...quando percebi a presença de algumas serrilhas em certas áreas dos contornos. Para resolver o problema, decidi exportar a figura como png e abrir o arquivo no Inkscape.

Ali, usei a vetorização automática do programa, o comando "Rastrear Bitmap", um ótimo recurso para suavizar contornos de desenhos, ajudando na remoção de serrilhas, inclusive. Na imagem abaixo, temos o "antes" da vetorização (à esquerda) e o "depois" (à direita). Coloquei bolinhas vermelhas nas áreas onde estavam as serrilhas, para ajudar você a notar melhor as diferenças:

Eu já havia explicado, um pouco, sobre a vetorização automática do Inkscape na postagem sobre como criar speedlines. Embora, naquela época, eu usasse uma versão anterior do programa, você não terá dificuldade em utilizar o recurso na nova versão.

Após a vetorização, exportei a figura no formato png, com o dobro do tamanho. Fechei o Inkscape e abri o arquivo no Photoshop, onde a reduzi em 50%...daí foi partir pro acabamento.

Aqui cabe um lembrete: naturalmente a vetorização automática não fará milagres. Dependendo do estilo e do tipo de desenho, talvez você obtenha resultados melhores se traçar pela vetorização manual. Ou precise fazer pequenos retoques em certas partes...como eu precisei, neste caso. Note que eu também alterei/acrescentei detalhes na fase do acabamento no Photoshop.

Já ia esquecendo: produzi esse desenho a partir desta ilustração do livro Studies in Design. Para maiores detalhes sobre essa obra, veja a postagem anterior.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Estudos em Design

No passado eu considerava obrigação criar obras completamente inéditas, sem me basear em coisa alguma. Do contrário, eu não seria um bom artista. Em outras palavras, achava que deveria..."criar a partir do nada"! Com o tempo, vi que era uma grande tolice. Os grandes mestres do passado (Leonardo da Vinci, Michelangelo, Ingres, etc.) compunham, todos, suas obras a partir de modelos da vida real e nem por isso deixavam de ser mestres.

Então, abandonei essa idéia. Entendi ser perfeitamente válido pegar algo já existente e criar em cima dele. Porque aí eu adicionava elementos de meu estilo. Saía algo diferente e eu aprendia muito nesse processo. O desenho abaixo, que fiz hoje, é um bom exemplo:

O desenho original, tirado de um antigo livro, é este:

Comparando as duas ilustrações, você notará que há elementos comuns neles, porém eles foram arranjados de modos diferentes e em estilos diferentes. Aconselho você a tentar fazer experiências desse tipo: além de agradáveis, você aprenderá algo que irá somar na sua "bagagem artística".

O livro mencionado acima chama-se Studies in Design, de Christopher Dresser. Essa obra está disponível gratuitamente para consulta ou download, podendo ser acessada aqui.